quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Que ventos esperar para esse modal 2015?

Imagem: Google
O potencial para o transporte marítimo no Brasil é imenso, o país é banhado por uma faixa litorânea de 7.408 km de extensão.


Nosso país possui 37 portos públicos, (entre marítimos e fluviais), 42 terminais de uso privativo e 3 complexos portuários que operam sob concessão da iniciativa privada.
O comércio marítimo representa 95% da balança comercial Brasil e mesmo assim foi um dos setores que menos evoluiu ao longo dos anos.

Consulte a imagem original aqui

A cabotagem (transporte de cargas pela costa do país ou entre rios) já oferece atrativos em comparação ao modal rodoviário (o mais utilizado no Brasil) e já é muito utilizada por empresas de produtos á granel líquido: óleos e derivados e produtos á granel sólido: soja, trigo e milho. 

Infelizmente nossa infraestrutura portuária não é das melhores e fatores como alto custo para o embarque de contêiner, excesso de burocracia (necessita do triplo de documentos em comparação ao transporte rodoviário) e a falta e investimento na ampliação dos serviços, limita o fortalecimento do setor no mercado brasileiro.

Imagem: Google (Visão aérea do Porto de Itaguaí )

Agora o setor enfrenta mais um problema, o valor do óleo combustível usado em embarcações que hoje é 30% maior que o diesel, e tem cotação internacional. Com a taxa elevada do dólar e a recente crise envolvendo a Petrobrás que monopoliza o preço do Bunker (combustível das embarcações) o resultado foi um crescimento de mais de 50% no preço só no primeiro semestre de 2015.

Mesmo com tantas dificuldades a cabotagem teve um crescimento de mais de 10% ao ano nos últimos anos e tem sido uma boa alternativa para quem pretende reduzir custos, reduzir os riscos de avarias e ter mais segurança no transporte da carga. Além de tudo isso o transporte marítimo contribui com a redução na emissão de gases poluentes.


A partir do mês de setembro de 2015 técnicos dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, dos Transportes, da Casa Civil e da Secretaria dos Portos começam a discutir com o governo mudanças na navegação de cabotagem. O objetivo é reduzir a burocracia e os custos do modal, através da isonomia no preço dos combustíveis, entre outras medidas necessárias para estimular ainda mais o crescimento do modal e "desentupir" nossas estradas.


Você acredita que este modal pode ajudar no gargalo do modal rodoviário?

Vamos aguardar as cenas do próximo capitulo e torcer para que as melhorias necessárias aconteçam.

Até a próxima!

Fontes:
http://www.antaq.gov.br/portal/pdf/Palestras/2015/20150407-Fernando-Fonseca-Cabotagem-INTERMODAL-SP-Abril-2015.pdf
http://www.guiamaritimo.com/
http://www.guiamaritimo.com/
http://sinaval.org.br/2015/04/cabotagem-quer-crescer-com-clientes-de-menor-porte/

Um comentário:

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Abraço,
Andréa G. Rodrigues.